Nesta semana será realizado o primeiro Encontro Descentralizado do ano. O evento é uma realização da Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR), do Sindicato dos Notários e Registradores de Pernambuco (SINOREG-PE) e da Federação Interestadual de Notários e Registradores do Norte e Nordeste (FINNOTAR). Confira entrevista da presidente do SINOREG-PE, Eva Tenório de Brito, sobre o evento, importância da atuação dessas entidades e outras questões envolvendo desafios e oportunidades para atuação dos cartórios extrajudiciais. Mais informações sobre o encontro aqui:
1 – Qual a importância da atuação da Federação e da Confederação de Notários e Registradores junto aos sindicatos regionais de notários e registradores e aos cartórios?
Eva Tenório de Brito: A CNR é a nossa referência, é o porto seguro de todos os Sindicatos dos Notários e Registradores do Brasil, é da Confederação que vem as diretrizes e o apoio para fortalecimento da nossa atividade. A luta constante em Brasília junto aos três poderes é o mais importante trabalho da CNR já que há algum tempo enfrentamos uma fase de transformação com muitas normatizações que se não combatidas ou negociadas podem afetar seriamente o desenvolvimento da atividade, e consequentemente a qualidade dos serviços prestados à sociedade. As Federações por serem regionais têm suma importância, pois as necessidades são peculiares em cada região, os sindicatos captam essas necessidades em seus Estados e as respectivas Federações dão o apoio necessário com o poder descentralizado que têm da Confederação, em especial a atuação decisiva na defesa dos interesses dos Notários e Registradores nas negociações de convenções e acordos coletivos de trabalho.
2 – Quais as expectativas em relação a realização do encontro descentralizado que ocorrerá em Recife? Porque encontros como este são importantes?
Eva Tenório de Brito: Em Pernambuco o SINOREG é novo e precisa ser difundido entre os colegas, o encontro descentralizado em nosso Estado é uma oportunidade para a divulgação do trabalho da Confederação e da nossa Federação FINNOTAR, esperamos obter maior adesão e apoio dos delegatários pernambucanos e com isso o fortalecimento da classe que é sempre o objetivo maior. Os encontros descentralizados de uma forma geral são importantíssimos, promove a aproximação direta do Presidente da CNR, este toma ciência das dificuldades locais e promove trabalhos direcionados e por isso com maior eficiência. A CNR, as Federações e os Sindicatos fizeram muito em prol da atividade, estabeleceu uma estrutura mais organizada, comprometida com o aprimoramento dos nossos profissionais, tanto na capacitação contínua dos Notários e Registradores e de seus auxiliares, como no desenvolvimento de novos projetos.. Mas não podemos, e não queremos, parar. É necessário ampliar cada vez mais essa atuação.
3 – Em sua opinião, quais são os maiores desafios do segmento notarial e de registro para os próximos anos e o que a CNR pode fazer pelos notários e registradores neste sentido?
Eva Tenório de Brito: Com a mudança de governo virão certamente muitos desafios e incógnitas, a adaptação de novos parlamentares, alguns com ideias fixas de desburocratização com foco em acabar com os cartórios, outros que defendem o fim dos sindicatos, a CNR terá muito trabalho pela frente para mostrar a importância da nossa atividade e das nossas entidades sindicais, fazer um trabalho político de conhecimento com os parlamentares e um trabalho de defesa na esfera judicial para evitar sérios danos aos serviços notariais e de registro. Será um trabalho de defesa e proteção.
4 – O que a sra, como profissional, gostaria que seu sindicato, federação e confederação fizesse pelo segmento? O que espera da Confederação?
Eva Tenório de Brito: Vemos como necessidade maior em nosso estado, a uniformização de piso salarial, a mediação nas relações trabalhistas e assistência jurídica nesta área. Nós como Sindicato temos como objetivo prestar a assistência de mediação e jurídica aos filiados, promover cursos e treinamentos para os colaboradores dentre outros planos. A Confederação como antedito é a nossa referência, esperamos sem dúvidas, ter o apoio da CNR junto com a Federação para realização dos nossos projetos.
5 – Como avalia a ampliação da prestação de alguns serviços pelos cartórios, a exemplo da mediação e conciliação?
Eva Tenório de Brito: Só visualizamos vantagens com a ampliação dos serviços para a nossa classe, traz mais credibilidade, mais renda, mais facilidade para o usuário e desafoga o judiciário. Os serviços acrescidos até então são prestados com eficiência e agilidade pelo extrajudicial de Pernambuco, inventários, usucapião, apostilamento são exemplos de qualidade e agilidade e não será diferente com a mediação e conciliação.
6 – Na sua avaliação, quais foram os maiores avanços do segmento nos últimos anos e no que ainda é preciso avançar
Eva Tenório de Brito: Certamente na tecnologia. Os avanços tecnológicos permitiram a substituição de uma imagem retrógrada dos cartórios por uma imagem digital, os serviços se tornaram ágeis e mais seguros, as centrais eletrônicas facilitam a prestação do serviço, o selo digital oferece maior segurança e consequentemente traz maior tranquilidade aos responsáveis pelas serventias. Precisamos avançar mais e muito mais na união entre os colegas, diferença de opinião faz parte precisamos aprender a respeitar e ir sempre pela maioria, defendemos a união para o fortalecimento.